segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Elementar, meu caro Watson...


E ontem lá estava eu no cinema, com um certo atraso que credito à superlotação dos cinemas nas férias e à minha pouca paciência pra filas, para assistir o novo Sherlock Holmes. Ainda não tenho certeza se gostei ou não, mas seguem algumas impressões que ficaram sobre o filme.
Claro, Sherlock é sempre brilhante e perspicaz. Mas esse Sherlock parece dirigir sua acurácia mais para planejar golpes de boxe/kungfu/street fight do que para resolver o grande mistério. Em outras palavras, ele planeja a porrada e esbarra nas peças que montam a solução do problema maior.
O excesso de cenas de ação deixa os espectador um pouco alheio dos pequenos detalhes, que acabam sendo importantes para acompanhar o raciocínio do detetive. O grande lance dos livros de Sherlock Holmes é que permitiam ao leitor acompanhar o desenvolvimento de teorias, a busca por suspeitos e etc., até a grande epifania, em que o brilhante Sherlock revelava toda a trama, para delírio de Watson e do público geral. O filme deixa o espectador muito passivo... mas talvez seja só aquela perda natural de magia que ocorre quando um livro - ou seus personagens - é adaptado para o cinema.
Mas não deixa de ser curioso Holmes lutando boxe, Holmes fazendo parkour... pra ficar bem a cara do diretor Guy Richie só faltou, sei lá, Holmes jogando capoeira!
Outra coisa, me parece que os protagonistas Sherlock e Watson estão mais parecidos com House e Wilson do que estes com aqueles! Bom, que House e Wilson foram inspirados no detetive e no seu comparsa médico dos livros de Sir Arthur Conan Doyle todo mundo sabe. Entretanto, os dois protagonistas do filme importaram de forma tão marcante o comportamento e o relacionamento - meio doentio, diga-se de passagem - dos protagonistas da série de TV que fica até difícil saber quem copiou quem! E antes que alguém surte, com "meio doentio" eu não quis dizer gay. Até porque, não, eu não acho que Sherlock e Watson sejam gays (assim como não acho que House e Wilson o sejam). Meio doentio é só pouco saudável e co-dependente mesmo...
No mais... senti falta da clássica frase "Elementar, meu caro Watson". E me convenci a comprar um colete - pessoas espertas usam colete!

De qualquer forma, recomendo. Bom entretenimento pra uma tarde de domingo!

2 comentários:

  1. Não tem a famosa frase "Elementar, meu caro Watson?" Pô, perdeu um pouco da magia então... Mesmo sendo um cabedal de porradas, acho que vale a pena.

    Vou assistir.

    Bjos.

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  2. No cartaz o Jude Law parece um mini craque...

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